domingo, 24 de abril de 2011

Um toque colonial com azulejos antigos

Vê-los na parede dá uma leve sensação de nostalgia. Enquanto alguns torcem o nariz por considerá-los antiquados demais, outros, e não são poucos, ainda se encantam com os desenhos em estilo colonial. O fato é que, saudosistas ou não, qualquer um pode um dia precisar de um azulejo fora de linha, seja para reparar peças quebradas ou simplesmente “renovar” o ambiente. É nessas horas que todos recorrem aos imprescindíveis “cemitérios de azulejos”.

Pelo número de lojas de antiquário de azulejos existentes no mercado, que triplicou nos últimos anos, segundo os próprios lojistas, encontrar essas raridades tem ficado cada vez mais fácil. É possível comprar peças que saíram de linha há mais de 40 anos. Azulejos que foram fabricados por indústrias que há tempos baixaram as portas, como Matarazzo, Martini e Santana.

“Basta o cliente trazer o modelo do azulejo que ele precisa que nós arrumamos para ele. Se não tiver no nosso estoque, nós vamos atrás e pegamos até com nosso colegas concorrentes se for preciso”, conta o gerente da loja Relíquias dos Azulejos, Ademir Medina. “Tenho azulejo que saiu de linha na década de 60 e outros que saíram há um ou dois anos”, completa. Quem mais procura são os pedreiros e síndicos de condomínios.

Para conseguir os revestimentos e estocá-los, os lojistas utilizam todos os métodos possíveis. “Isso aqui (loja) é um saco sem fundo. Nós compramos ponto de estoque dessas grandes redes, pegamos tudo que é de demolição e compramos o que sobra das construtoras e até mesmo das reformas que as pessoas fazem em casa”, diz o dono da rede Cemitério dos Azulejos, Mário Miayzaki.

O escambo é interessante tanto para quem quer se livrar das sobras de materiais como para aqueles que não tiveram a precaução de guardar um excedente de azulejos na hora da construção e agora precisam recorrer às lojas especializadas para resolver o problema da falta dos azulejos. Por se tratar de peças já fora de linha, os preços são especiais em relação aos cobrados no mercado.

“Compramos em média por R$ 5 o metro quadrado. Já os preços de venda variam conforme o tamanho”, diz o dono do Multirão do Azulejo, Messias de Souza Silva. Os azulejos 15x15, os mais procurados, custam entre R$ 1,50 e R$ 2,50 cada peça. Já as maiores, como as de 40x40, chegam a custar R$ 15. “A gente arruma qualquer peça em até dois dias”, garante.

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